segunda-feira, 6 de novembro de 2017

AQUARELA de PEPITA SAMPAIO e BRUNA ASSIS BRASIL (EDITORA PAULINAS)

                                           SITE DA EDITORA: www.paulinas.org.br

COLEÇÃO ESTRELA

INDICAÇÃO: a partir de 8 anos (leitor  em processo)

40 PÁGINAS

“Graças à brincadeira e à imaginação, a natureza inerte dos adultos - uma
  cadeira, um  livro, um objeto  qualquer - de  repente adquire vida própria.
  Com a virtude mágica  da linguagem ou do gesto, do  símbolo ou  do ato,
  a  criança  cria  um  mundo  vivente   onde  os  objetos  são  capazes   de 
  responder às perguntas.”                                        OCTÁVIO PAZ

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PEPITA SAMPAIO, autora do livro AQUARELA, desenvolve, neste trabalho,
uma narrativa que dá asas à imaginação do leitor.

A menina AQUARELA, que empresta seu nome para dar título a este livro,
sonha, até mesmo acordada, uma 'realidade' que é só dela.

Movida pela curiosidade e pela inquietude,  AQUARELA busca desvendar 
algumas questões misteriosas, que vão surgindo, aos poucos, para ela.


       “Quando abriu os olhos novamente, olhou para cima e viu  um céu de
         pontinhos  brilhantes. Olhou  para  um  lado  e  viu  uma  pitangueira,
         linda, frondosa.Atrás ficava a casa branca de janelas e portas verdes
         e beirais  vermelhos. Olhou  para o outro lado,  um  riacho  de  águas 
         claras.
         Lá adiante o parque estava escuro.
         Foi aí que  a  coisa  complicou  de  novo. Tentou  mexer a  mão e não 
         conseguiu, em seguida, foram os braços, depois as pernas... e nada!
         Foi tão embaraçoso se sentir presa, amarrada, colada que nem figura
         num papel.
         Chegou a madrugada. No esforço de entender..., adormeceu.
         Despertou com o barulho lá de fora.
         Agora, o  céu  azul mostrava  o movimento  do parque e das  crianças
         novamente. Acordou decidida  a  se livrar daquela  cola. Ou limpava o
         balanço ou trocava  o vestido, mas  ficar ali  grudada é  que não dava.
         Além do  mais, tinha que  descobrir uma forma de passar pela  parede
         transparente.
         Não foi fácil se soltar do balanço de corda. Com  uma dança de estica
         e  puxa,  conseguiu.  Ensaiou  uma  corrida   em   direção  à  parede  e
         empurrou-a com a força do corpo e dos  pensamentos.  Nem era com
         ela, Dona Parede não se mexeu.
         - Que  parede  dura, vou  atravessá-la mesmo  que seja a  última coisa
         que eu faça!
         Decidiu bater forte  até quebrar  um pedaço,  quando ouviu um  chiado 
         zangado.
         - Ei, menina,  pare de me bater!  Não  está vendo  que não pode passar
         por mim? Não tenho porta, nem  maçaneta,  janela,  fresta ou furo. Não
         quebro, não  abro e  não derreto,  não adianta ser  grande ou  pequena,
         tem que arranjar outro jeito.
         A menina  quase morreu  de susto, dois  passos para  trás, um tropeço,
         caiu sentada  na grama. Balbuciou  desculpas e perguntou  para  Dona 
         Parede por que estava presa ali.
         - Como vou saber? Sou de vidro, mas  não  tenho  bola  de cristal  para
         adivinhar as coisas. Só sei  que  não adianta insistir, por aqui você não
         passa...Eu não tenho porta nem janela para  abrir. Pergunta  para o seu
         Balanço, ele te carrega há tanto tempo, deve saber melhor que eu. 
         - O Balanço também fala?"
         
Ao ler o livro  AQUARELA, o leitor vai  perceber  que,  a cada página  virada, a 
menina vai  vivenciar  uma  situação  nova  e vai, também, poder  acompanhar
AQUARELA em um mergulho no seu imaginário.

Mas onde estão as respostas para as perguntas que inquietam tanto a menina
AQUARELA?

AQUARELA investiga, procura, pergunta aqui e ali, fuça todos os cantinhos da
casa, xereta os armários... e nada!

É no capítulo LUZ  NO  TÚNEL,  que tudo se  'ilumina'.  A partir deste ponto da
história, mudanças ocorrem. As circunstâncias desenham  um novo  contexto
e um reencontro para a menina AQUARELA.


        
O  projeto  gráfico  de  AQUARELA  distribui, de  forma  bem  equilibrada,  cada
capítulo da história  pelas páginas do livro. No texto, o  que chama a  atenção é
a diagramação,que dá  destaque aos títulos dos capítulos, às letras capitulares,
à onomatopeias e palavras onomatopaicas. Fonte, cor e tamanho diferenciados
são recursos, que dão originalidade ao texto e valorizam ainda mais a narrativa.

                
AS ILUSTRAÇÕES:


As ilustrações de  BRUNA  ASSIS  BRASIL,  de forte colorido, apresentam a
personagem AQUARELA em cenários que encantam os olhos e exercem um 
papel importante na composição da história.

As imagens, de páginas duplas, são bem variadas em técnicas, que vão da
pintura e colagem à ferramentas digitais..




AS AUTORAS:



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